domingo, 14 de março de 2010

 Tenho que dizer, realmente, foi lindo. Todas aquelas luzes e as nuvens mudando de cor, todos aqueles pensamentos e até a culpa que guardei; a maneira que você se movia, ou até o jeito que ficava parado, as pessoas rindo e a rainha da noite cantando, devo dizer, foi fantástico. Depois, eu sei, depois ficou uma coisa estranha, um sentimento pesado que precisava ser descontado, resolvido o mais rápido, mas não foi. 
 Eu tenho que dizer outra coisa, não tenho pressa. Não fiz nada e me sinto bem assim, desculpe por não poder te beijar quando eu na verdade queria, sinto muito, mas foi melhor assim. Quero quese acontecer algo entre nós de novo, que aconteça livre de culpas e erros, quero que seja perfeito, se der.
 Um táxi, um banheiro, uma comida, uma animação, um chão frio pra 'dormir', o seu rosto, intacto, olhos fechados, braços comprimidos, às vezes os olhos se abriam e eu te via, perfeito, como sempre foi. Bom, tirando o cansaço, eu tava ótima, minha perna doía com você deitado nela, minhas costas também naquela barra de ferro que eu havia me encostado, mas eu não queria perder aquele momento, aquela cena calma que surpreendentemente começava a passar rápido, assim como a claridade veio, daí então, a chuva. Levantamos e caminhamos em torno de uns 50 minutos até a casa da Sarah, eu tive muito tempo pra pensar, desperdício de tempo e de amor, porque o que eu queria era te abraçar e ficar alí, guardar você dentro de mim, mesmo eu sabendo que não cabe, não cabe a mim só querer, eu tenho que demonstrar não é? Mas eu não sei. É, foram momentos, momentos lindos, alguns tensos, e o que eu só conseguia pensar é que não havia outro lugar que eu queria estar, quando você adormeceu. 




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